O sol do fim da tarde bate-me na cara. Estou deitada na cama, e giram nos meus olhos os reflexos dos raios coloridos - cegam-me; não me importo. É nesse momento que a minha cabeça começa a funcionar devidamente, e consigo sentir a tua pele sobre a minha. Roças-me os lábios. Entreabres-me as pernas. Sexo desesperado, quase como se fosse de despedida, como se fosses para a guerra, como se a guerra entre nós se atiçasse, como se nos fossem interromper, como se não fosses tu, nem fosse eu.
E eu só quero sair fora de mim. Quero que me osciles, para eu sair de mim mesma. Me abanes.
O sol desce para o meu peito, e de repente consigo ver. Não quero ver. Quero continuar cega. Mal tenho forças para me chegar para baixo, não consigo, estou noutro rumo. Estavas-me a tocar as ancas.
Agora sou eu que lhes toco. Dei por mim com as mãos nelas. Os movimentos seguem-se a uma velocidade impressionante, não tenho tempo para pensar. Suspiro. Quero-te aqui.
Tudo parou.
"Have you ever tiptoed around Napalm?"
12.21.2008
Diferente.
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